Neste último domingo o programa Fantástico mostrou o exemplo de uma
cidade mexicana que conseguiu combater os altos índices de violência e
criminalidade. Há oitos anos atrás a Ciudad Juárez registrou 273 mil homicídios por 100
mil habitantes, tornando-se deste modo a cidade mais perigosa para se viver. Roubos,
assassinatos, sequestros eram alguns dos variados e contínuos crimes realizados
na cidade mexicana que faz fronteira com o país mais poderoso do mundo, Estados
Unidos.
Foi uma mudança excelente para retomar os bons costumes: paz, liberdade
e fraternidade. Mas essa transformação social e política só foi possível graças
a incentivos da própria população que já não suportava ver tanta crueldade saír
das ruas e entrar na casa de pessoas inocentes. Cidadãos e empresários investiram
em estratégias de segurança pública para tentar diminuir o medo e a dor que já
se faziam habitantes de Ciudad Juárez.
De fato, foi uma iniciativa que beneficiou a todos, principalmente os
jovens e as mulheres, dois grupos humanos que viviam no alvo de bandidos. Porém,
o Governo de toda e qualquer nação possui recursos de combate à violência e a
criminalidade. A sociedade financia diariamente grandes quantidades de fundos
de capital para que serviços de segurança pública sejam feitos com eficiência.
A deficiência dos órgãos responsáveis pela garantia com os cuidados físicos
dos cidadãos é a ausência de comprometimento e valorização com os que fazem a
segurança e com quem necessita de defesa política. Este tipo de questão sem
respostas plausíveis, caracteriza o quão arruinado está o regime democrático
comandado pela corrupção policial.
Hoje o Brasil vive uma guerra contra as drogas, um problema que se
alastra de fora a dentro. Cidades grandes e pequenas têm assistido uma sucessão
de crimes provocados pela maciça quantidade de traficantes atraídos pela
facilidade de aquisição de bens. Só no estado do Rio de Janeiro, a violência subiu
mais de 90% justificando mais uma vez o ranking de cidade mais violenta do Brasil.
Até quando pessoas de bem não terão sossego em casas? É uma pergunta a ser
discutida com total prioridade. E como exemplo de Ciudad Juárez, uma união
civil e política contribuiria enormemente para apaziguar a vida no país. Acabar
com a corrupção na conjuntura policial, investir em bairros pobres, propor
ações que preencham espaços ocupados por usuários de drogas, emprego e renda
para famílias carentes, melhoria nos serviços públicos e estratégias inteligentes
que previnam o crescimento de crimes e violência poderiam facilitar o convívio de
todas as classes sociais, sobretudo, as menos favorecidas.
Por: DAVI ALBUQUERQUE
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