quinta-feira, 19 de abril de 2018

                                CUBA ACORDA SEM A FAMÍLIA CASTRO NO PODER


Miguel Díaz-Canel foi eleito nessa quinta-feira pela Assembleia Nacional como o novo presidente da Cuba e sucessor de Raúl castro, segundo a imprensa oficial, decisão que marca uma nova era em seis décadas de revolução socialista na ilha caribenha.

O novo Presidente obteve 99,83% dos votos aprovados, no qual o fará comandar Cuba por cinco anos, tornando uma administração presidencial marcante na vida de muitos cubanos que estiveram sob uma dinastia que durou 60 anos.

O presidente da Assembleia Nacional reconheceu Miguel Díaz-Canel como chefe de nação em um discurso receptivo. ¨Neste momento o senhor é o novo presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros da Republica de Cuba¨.

E as primeiras palavras como presidente de Cuba foram em estilo patriota. ¨Hoje iniciamos um mandado a serviço de uma nação¨.

Formado em Engenharia Elétrica, Díaz-Canel foi preparado para viver esta situação histórica de seu país, onde recebeu apoio do Partido Comunista para dirigir os destinos de Cuba.
Por: DAVI ALBUQUERQUE
Fonte: AGÊNCIAS DE NOTICIAS 
Adaptado 

terça-feira, 17 de abril de 2018

                 CURTA E DIRETA: PRIMEIRA MENSAGEM DE LULA AO PÚBLICO



Ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu sua primeira mensagem ao púbico desde que foi detido na sede da PF em Curitiba-PR. A mensagem foi enviada através de seus advogados e dirigida a atual líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.

Na mensagem Lula expressou tranquilidade, apesar de estar indignado. ¨ Continuo confiando na justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente se indigna quando sofre uma injustiça¨, afirmou Lula da Silva em sua curta mensagem aos seus seguidores que pedem sua liberdade.

O ex-presidente cumprirá uma pena de 12 anos e um mês por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A sentença foi dada pelo juiz Sergio Moro no dia 05 de abril deste ano.
Por: DAVI ALBUQUERQUE

segunda-feira, 16 de abril de 2018

                           É POSSÍVEL PARAR O CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA ?



Neste último domingo o programa Fantástico mostrou o exemplo de uma cidade mexicana que conseguiu combater os altos índices de violência e criminalidade. Há oitos anos atrás a Ciudad  Juárez registrou 273 mil homicídios por 100 mil habitantes, tornando-se deste modo a cidade mais perigosa para se viver. Roubos, assassinatos, sequestros eram alguns dos variados e contínuos crimes realizados na cidade mexicana que faz fronteira com o país mais poderoso do mundo, Estados Unidos.

Foi uma mudança excelente para retomar os bons costumes: paz, liberdade e fraternidade. Mas essa transformação social e política só foi possível graças a incentivos da própria população que já não suportava ver tanta crueldade saír das ruas e entrar na casa de pessoas inocentes. Cidadãos e empresários investiram em estratégias de segurança pública para tentar diminuir o medo e a dor que já se faziam habitantes de Ciudad Juárez.  

De fato, foi uma iniciativa que beneficiou a todos, principalmente os jovens e as mulheres, dois grupos humanos que viviam no alvo de bandidos. Porém, o Governo de toda e qualquer nação possui recursos de combate à violência e a criminalidade. A sociedade financia diariamente grandes quantidades de fundos de capital para que serviços de segurança pública sejam feitos com eficiência.

A deficiência dos órgãos responsáveis pela garantia com os cuidados físicos dos cidadãos é a ausência de comprometimento e valorização com os que fazem a segurança e com quem necessita de defesa política. Este tipo de questão sem respostas plausíveis, caracteriza o quão arruinado está o regime democrático comandado pela corrupção policial.

Hoje o Brasil vive uma guerra contra as drogas, um problema que se alastra de fora a dentro. Cidades grandes e pequenas têm assistido uma sucessão de crimes provocados pela maciça quantidade de traficantes atraídos pela facilidade de aquisição de bens. Só no estado do Rio de Janeiro, a violência subiu mais de 90% justificando mais uma vez o ranking de cidade mais violenta do Brasil.

Até quando pessoas de bem não terão sossego em casas? É uma pergunta a ser discutida com total prioridade. E como exemplo de Ciudad Juárez, uma união civil e política contribuiria enormemente para apaziguar a vida no país. Acabar com a corrupção na conjuntura policial, investir em bairros pobres, propor ações que preencham espaços ocupados por usuários de drogas, emprego e renda para famílias carentes, melhoria nos serviços públicos e estratégias inteligentes que previnam o crescimento de crimes e violência poderiam facilitar o convívio de todas as classes sociais, sobretudo, as menos favorecidas.
Por: DAVI ALBUQUERQUE 

domingo, 15 de abril de 2018


NA MORAL DO ASSÉDIO MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

Em tempos remotos empregados eram duramente explorados pelos patrões e esta organização segundo graus de subordinação não possuíam uma repreensão suficiente que impedisse os inúmeros abusos cometidos na área de trabalho. No entanto, o Congresso criou um artigo de ordem jurisprudencial que reprova qualquer ato que cause danos psicológicos e físicos á funcionários durante os exercícios das funções no emprego.

Segundo o artigo 117-A da lei 8.112 é proibido aos servidores públicos praticarem assédio moral contra seus subordinados, estando estes sujeitos às seguintes penalidades disciplinares:
° Advertência;
° Suspensão;
° Destituição de cargo em comissão;
° Destituição de função comissionada;
° Demissão.


São direitos padrões que devem ser atendidos a toda função em qualquer ambiente de trabalho. É uma lei que veio para proteger, porém poucos trabalhadores consideram-se vitimas devido o medo de serem prejudicados. Contudo, constata-se que 90% dos trabalhadores brasileiros já passaram por uma situação de assédio moral.

Mas, empresas ainda insistem em tratar com desprezo essas normas trabalhistas, tornando o meio de trabalho absurdamente condenável. O desacatamento ao poder público ignorado pelo poder laboral, gera grande impunidade e resistência á prepotente violência.

Na empresa gaúcha Paquetá Calçados, fabricante varejista de calçados, sediada na cidade de Pentecoste-Ceará, o desrespeito aos funcionários é uma pratica pertinente. Casos extremos são relatados com muito tormento.

As empregadas mulheres são as que compõem o maior quadro de reclamações e posteriormente demissão. Por motivos discriminativos e algumas por estarem em idade fértil, as funcionárias da Paquetá sofrem mais atos humilhantes que homens.

No geral, todos os trabalhadores sofrem constrangimento diante das altas cobranças de produtividade. Empregados e chefes entram em confronto provocando desgastes físicos e emocionais, com o objetivo de atingirem metas estipuladas pela direção geral da empresa.

De acordo com descrição de alguns contratados, as atitudes imorais mais realizadas são:
Gritos e agressividade
Supervisão excessiva
Advertências continuas
Boatos a respeito do trabalhador
Ameaças de demissão
Falta de diálogo justo quando o funcionário passa por problemas de saúde
Pressão

Estes problemas de relação interpessoal entre subordinado e subordinante provoca uma serie de estados de preocupação como: Ansiedade, depressão, hipertensão, alergias, psicose, taquicardia, T.O.C, irritabilidade, distúrbios digestivos, dores generalizadas.

Das 6:30hs da manhã ás 16:40hs a empresa que fabrica oportunidades é a mesma que mata o bem-estar de milhares de pessoas. A companhia empreendedora que rege a lei do ¨manda quem pode, obedece quem tem juízo. ¨
Por: DAVI ALBUQUERQUE

quarta-feira, 11 de abril de 2018

                                                              BRAVURA A BORDO


Julia era uma jovem negra de cabelos curtos, media 1,65 e mantinha um corpo oval.  A jovem que recém terminava o curso secundário, começava a entrar no mercado de trabalho. Julia sempre foi muito bem esforçada e curiosa, cujas características a permitiram conhecer dotes requintados de conhecimento, como o domínio de três idiomas estrangeiros, escultura, historias antigas e contemporâneas e sabia como ninguém ser uma pessoa empática.

A moça fez uma única entrevista de emprego. Desse encontro formal, ela extraiu uma oportunidade que lhe reuniria o melhor do mundo; diversidade, cultura e muita interação. Julia acabara de ser contratada para trabalhar em um navio, onde ocuparia a vaga de um homem que abandonara o cargo.

Seu curriculum, vazio de experiencias, mas admirável condizia a uma jovem de classe média baixa que soube aproveitar seu tempo de estudo e as oportunidades que por sorte lhe chegaram.  Por mais que não usufruísse de uma validade compreensão sobre vinhos, ela seria a responsável por sugerir e recomendar vinhos para acompanhar as refeições dos passageiros.

Seus primeiros dias lhe reservavam dez horas de serviço e geraria á inexperiente, puro estranhamento e preparo. Por certo, o ¨ mini mundo flutuante¨ lhe exigiria empenho exorbitante.

Apesar do rígido serviço, Julia correspondia á precisão do local e aos poucos sua função de sommelier de vinhos ia se adequando a suas capacidades. O lugar onde Julia trabalhava, era praticamente formado por homens, ela era uma raridade naquele recinto que exprimia álcool. Entretanto, não deixava de ter contato com outros funcionários do sexo feminino.

Ter o convívio com mulheres naquele ambiente de trabalho, não lhe favorecia em quase nada, assim como trabalhar com homens também não lhe agradava tanto. Antipatia era o que lhe passavam. Por efeito de uma imagem recebida como desproporcional, Julia viveu diariamente com olhares de repudio, piadas ofensivas e sobretudo chacota alheia.

Ainda que o rebaixamento moral a fizesse desigual aos demais trabalhadores, a moça sabia o que queria, desvendar o sentido da vida para lá da teoria. Percebia-se que Julia guardava nos olhos algum sentimento que gritava em seu jeito disposto de viver. Traduzia sua beleza em simpatia, mesmo que ela fosse retida pela amargura.

Nas horas vagas, Julia ficava em sua cabine, recinto pertencente aos empregados. Neste momento a nobre jovem revivia suas memorias passadas e mutilava sua barriga para tentar livrar-se de alguns centímetros. Ao que se indica, a subsistência de um sofrimento emocional que completava seu temperamento. Uma mistura de masoquismo corporal com entusiasmo ostensivo.


A veracidade dos episódios dramáticos vividos por Julia atribuía dupla infelicidade embutida em uma vitrine circular contida em uma carcaça golpeada por condenações defeituosas. O uniforme usado por Julia era algo aparentemente suave e cordial no que implicava em saia justa com blusa justa e sapatos rústicos. O visual parecia incomodar os servidores próximos, o que a colocava em situações constrangedoras.  Risos, gestos afrontosos e palavras vergonhosas a promovia profundamente uma batalha com sua disfarçada alegria externa diminuindo seus pontos fortes que a fizeram chegar ali.

A vida em alto mar trouxe a Julia o mais baixo nível de presença esperado pela jovem que ansiava concretizar o tempo e o existir na evolução visionaria do modo de projetar uma perspectiva equivalente a múltiplas misturas de igualdade.

Julia foi trancada por colegas em um porão de armazenamento de barris sendo comparada ao mesmo recipiente usado para depositar vinho. Sua falta foi justificada com um ato de finamento. A direção geral do navio buscou Julia pelas encostas para resgata-la, porém não imaginavam que a castigada jovem estaria nos fundos da embarcação por causa da desconformidade anatômica original de sua matéria.

No porão o balanço da maré agitava os pensamentos de Julia. O lugar que isolava as cargas da área superior do navio, fato que impedia ainda mais de a jovem ser localizada, pois aquele lugar se frequentava quando apenas se cabia a necessidade de repor o vinho para consumo. Isso a deixava mais deprimida e contribuindo para a maldita ação daqueles que a desprezavam.

Esta desoladora situação perdurou por três dias, esgotando energias humanas e sobre-humanas que a regiam. O frio e a umidade a fazia tremer-se em meio ao escuro e ao barulho do motor, causando-lhe incomodo. No último solo, era possível sentir algo concreto chocar o piso do navio.  O que mais lhe acessível estava naquela circunstancia era alguns moldes de pescado e vinhos, alimentos que a ajudaram a resistir aquela tenebrosa condição

A idônea Julia estava por ter seu desenlace. O zelo, estimo e sorte já não lhe acompanhariam mais, pois com certeza a energia que conserva sua viveza percorria as ondas que rapidamente se desfaziam na imensidão das águas


Por ventura, um agente governou o controle a favor da moça retomando a sorte em sua direção. O transporte fez uma parada nas ilhas Canarias, um arquipélago no Oceano Atlântico.  Nessa pausa, embarca Alejandro Mendonza, o proprietário do magnifico e imponente navio. Sua intenção, seria fazer um giro ao redor dos quatro ventos.

Ao longo da excursão, os mantimentos estavam acabando e precisavam ser repostos. O que ficava no porão de armazenamento não seria o bastante para concluir a viagem e outro intervalo de tempo foi feito. Vinculado ao comprometimento com o padrão estrelar de sua propriedade aquática, Alejandro Mendonza decide ir juntamente com os tripulantes ao interior da embarcação.

Dando a supervisão, o proprietário chega ao ponto mais tocante e arrojado. Ao abrir a porta do dito porão, o estarrecimento ocupa gestos improváveis. Alejandro e Julia olharam-se com sensações totalmente distintas: Ela aflita e ele assustado. Sem hesitar, imediatamente Alejandro solicitou a um de seus empregadores a retirada da moça e consequência dos sinais de fragilidade a levasse prontamente a um quarto ofertando o maior grau de assistência.

Sua aparência debilitada requeria melhores cuidados, e por ordem máxima de Alejandro Mendonza, outra vez o navio parou o trajeto para prestar atenção medica a funcionária abandonada cruelmente por outros funcionários.

Passado alguns dias, o estado de vulnerabilidade se aliviava tornando-a capaz de repor o vigor e novamente persistir com seu roteiro de vida. Contudo, Julia não seguiria trabalhando naquele ambiente.

 Devido ao quão impressionante e grave foi o cenário em que se encontrou a jovem batalhadora, o seu redentor foi coberto de sentimentos de ternura instruídos ao coração de Julia, o que não foi compatível com os tratamentos que Julia carecia neste período de desapontamento e insucesso.  Estas sensações vividas por Julia eram rotineiras em sua existência, no decorrer de sua sobrevivência até o instante sombrio vivido, a jovem fora rejeitada por uma variedade de pessoas, especialmente um rapaz com quem despertava interesse amoroso. 

Alejandro Mendonza deu a Julia a segurança de que a cena solitária não se repetiria, pois a protegeria e a manteria viva. Foi difícil para Julia acreditar que estava sendo querida por um homem tão diferente de sua realidade, rico, formoso em atitude, em corpo e alma.  

Ali não acabava seu tratamento emocional, seu amado queria saber como se colou naquele espaço. Ela não quis relatar nada que a comprometesse novamente, mas pressionada, Julia disse quem fora os malfeitores de seu delicado estado.

Para estes, o fim seria praticamente certo. Alejandro Mendonza, demitiu e grande parte dos que ousaram prejudicar os planos daquela pobre jovem. No entanto, piedosa, Julia pediu os recontratou e os teve como seus empregados, todos que as reprovavam foram diminuídos e passaram por tarefas sacrificadas para manterem-se livre de piores castigos.

 Na união de um chefe com sua empregada foi explicitamente esplendida, tendo alguns funcionários que se serviram de tapete para a entrada de Julia e Alejandro no casamento.
Por: DAVI ALBUQUERQUE 


domingo, 8 de abril de 2018

            DOS PÊS A CABEÇA: SAIBA COMO DETECTAR O CÂNCER DE PELE



O que é o câncer de pele?

O câncer de pele é um dos canceres mais agressivos. Se caracteriza pelo crescimento descontrolado das células que produzem os pigmentos e costuma se originar na pele (seja por uma mancha pré-existente ou previamente saudável)

Segundo dados globais, a incidência do câncer de pele se encontra em crescimento. Se diagnosticam por ano mais de 1400 novos casos, e se calcula que anualmente morrem 574 pessoas por causa deste tipo de câncer.

É por isso que a detecção precoce desta doença é fundamental, pois quando o câncer de pele é diagnosticado em etapas iniciais é provável curar o paciente mediante uma intervenção cirúrgica. Ao contrário, quando o diagnostico é realizado tardiamente (por exemplo, quando se estendeu a outros órgãos) o prognostico é reservado.

Para avaliar os sinais e as manchas de pele, é muito importante levar em conta a regra do ABCDE:

Assimetria: os sinais malignos são assimétricos
Bordas: os sinais malignos têm bordas irregulares
Cor: os sinais malignos possuem vários tons de marrom e preto
Diâmetro: os sinais malignos são de  diâmetros de 6 mm ou mais
Evolução: os sinais malignos vão mudando de cor e tamanho. Também podem apresentar sangramento ou dor
Fonte: REVISTA SUSANA
Tradução: DAVI ALBUQUERQUE

sábado, 7 de abril de 2018


Ele é novo na Televisão, mas o mundo já o conhece. O paulistano da gema, Roberto Cordovani, de 60 anos, escolheu a Europa para desenvolver seu talento. No velho continente, o artista ganhou destaque apresentando peças de teatro, que não o tirava sua mais expressiva comunicação, o português. Originalidade e versatilidade nas representações lhe renderam importantes prêmios, como o de melhor ator em Londres e em Madri, na Espanha, também ganhou outro prêmio como melhor ator protagonista.  

Criar, desenvolver e apresentar competem a imagem de um artista completo. Roberto Cordovani de Moraes Portela, não se reduz apenas as atuações, mas reproduz com maestria as habilidades da escrita, da direção e produção. De fato, são competências ilustres que o consagram e o engajam no patamar do estrelato.

Seu sucesso sustenta a missão particular de levar mensagens de vida. Através de toda sua genialidade e paixão pela arte, Cordovani fundou uma companhia de teatro muito bem-conceituada. Teatro Arte Livre, já completa quase 37 anos fazendo sonhos e a imaginação voar para além das fronteiras deste mundo real.

De ator se fez atriz no papel de Greta Garbo, um de seus maiores espetáculos mais conhecidos. Nesse personagem, Roberto Cordovani demonstrou facetas jamais permitidas a quaisquer outros artistas, tornando-o reconhecido por sua grande conexão com o fazer-se feminino.


Em 2017 Roberto Cordovani veio ao Brasil, mais especificamente aos estúdios de gravação da Rede Globo. Lá ele brilhou no papel do vilão Sebastião Quirino na novela das 18 horas, Novo Mundo. Sua atuação gerou uma indicação ao prêmio extra de televisão como ator revelação.

A novela contou a historia da chegada da família real portuguesa ao Brasil. O enredo que durou seis meses no ar, levou aos telespectadores muita historia e reflexões. 

Coincidência ou não, uma das casas do talentoso ator, produtor, diretor e autor fica quase em frente ao palácio de Dom Pedro em Portugal. Certamente, o destino compactuou com a ficção. 

Roberto Cordovani é um artista literalmente global. Sua passagem pela 2° maior emissora de TV do mundo mostra que todo esforço valeu a pena e que seu sucesso hoje traduz ao público e a crítica  a requinte das atuações brasileiras.  Veja na seguinte entrevista, quem é e como se fez Roberto Cordovani. Evoé!

AINDA TERMINANDO DE EDITAR 






quinta-feira, 5 de abril de 2018

                              LULA RECEBE APOIO DE AUTORIDADES SUL-AMERICANAS 



Lula da Silva sempre teve estreita relação com os governos da América latina, sobretudo com os países vizinhos, o que o faz ter grande credibilidade no continente. Muitos acontecimentos relacionados ao ex-presidente são diretamente acompanhados pelas autoridades publicas sul-americanas, a surpreendente decisão do juiz Sergio Moro que decretou a prisão de Lula não poderia ser diferente. Presidentes e ex-presidentes se posicionam em defesa do popular líder do PT. 

Evo Morales, atual presidente da Bolívia, declarou:  ¨ A verdadeira razão da condenação do irmão Lula é de impedir que volte a ser presidente do Brasil. Não interessa para a oligarquia a democracia e a justiça. ¨

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu a candidatura de Lula: ¨ Hoje no Brasil algo ficou definitivamente claro. Lula irá ganhar as próximas eleições presidenciais e as elites do poder, as que nunca estão interessadas em democracia e justiça, utilizam o aparato judicial para sua proscrição. Todo nosso afeto para ele. ¨

José Mujica, ex-presidente do Uruguai, bastante conhecido por sua grande honestidade, criticou os juízes e a imprensa: ¨ Querido Lula: as classes sociais existem e as dominadoras não suportam que a oposição os dispute o poder. Sei que a luta continua e continuará apesar dos juízes e da imprensa. Te acompanhamos nas lutas do povo humilde do Brasil. Estarei sempre com você, Pepe. ¨

O polemico Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, expressou-se classificando a prisão imposta ao petista como injusta: ¨ Não só Brasil, o mundo inteiro te abraça. Dói na alma esta injustiça. A Direita, frente a incapacidade de ganhar democraticamente, escolheu o caminho judicial para amedrontar as forças populares. Mais cedo que tarde vencerá a pátria Grande. ¨

Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, diz que espera correção sobre está grave decisão: ¨Lula é o líder com maior apoio popular e espero e confio que as instituições democráticas dessa grande nação corrijam estas graves decisões. ¨

O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, também manifestou desgosto com a sentença do STF e exprimiu as praticas politicas do ex-presidente brasileiro como coerentes: ¨ Meu abraço solidário ao companheiro Lula da Silva. Todos sabemos que seu crime foi em haver tirado 38 milhões de brasileiros da pobreza, sem impor-se ás elites brasileiras. O poder popular voltará com a força de um furacão. Resista! ¨  
Por: DAVI ALBUQUERQUE
Informação: LA NACIÓN
                 PRISÃO DE LULA: GOLPE POLÍTICO OU DEMOCRACIA? 


Lula lançou no Brasil políticas públicas que inspiraram governos de outros países, onde implantação de programas sociais visavam a erradicação da pobreza. Durante toda sua trajetória ativa nos movimentos políticos, o petista cativou grande parte da população e popularizou-se no mundo como um dos presidentes mais respeitados.

Inegavelmente, Lula da Silva deu a politica brasileira um exemplo de político inteligente e articuloso. Com argumentos de uma ideologia constituída em direitos humanos e monopolizando estrategicamente força parlamentar e partidária, fez-se a aparência de honestidade com segundos objetivos.

Envolvido na lava jato, maior conjunto de investigações de corrupção, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), esteve em supostas ações de desvio de dinheiro na Petrobras, no qual veio a se comprovar depois.

Hoje (05/04) Luiz Inácio Lula da Silva possivelmente encerra seu ciclo político, entrando para a história como o primeiro ex-presidente da Republica preso por corrupção e lavagem de dinheiro. Obtendo 6 votos confirmados por 6 ministros, estará em um ambiente prisional onde se encontra outros políticos que efetuaram crimes contra a nação. 12,1 provavelmente serão os números memoráveis que o farão retroceder.

Há quem diga que a sentença punitiva contra Lula seja injusta, indicando-se a justificativa de falta de provas concludentes, e há quem afirme que a prisão seja justa, tendo em vista as denuncias apresentadas cautelosamente analisadas e confirmadas legitimamente.

Na opinião de Leandro Silvio Martins, graduado em Geografia e pós-graduado em História Antiga e Medieval, a provável prisão de Lula seria uma perseguição política. ¨ É uma indução a perseguição para se manter a corrupção. ¨ afirmou, Leandro S Martins.


Para Alexandre Cabral, economista e professor da FIA LABFIN, a decisão que permite o acatamento da prisão do ex-presidente é um feito democrático.  ¨ A democracia sendo cumprida. ¨ defendeu, Alexandre Cabral. 

Além de compras de imóveis que o inclui no processo da Lava Jato, outras acusações estão sendo apuradas, tais como: BNDS, Odebrecht e Angola, o incorpora na Operação Janus, compra de caças e edição da MP 627, o acrescenta na Operação zelotes, formação de quadrilha, aponta-o na Procuradoria-Geral da República.

Mediante a todas as declarações, Lula da Silva não é citado por acaso em processos judiciais, sem dúvida, sua citação participativa em violação às legalidades é seguramente constatada. Faz parte, da viável avaliação do congresso para a execução de um ato legal e reafirmado pela constituição em meio á previstas ocorrências por quem possua direta autorização com os recursos públicos federal.

Segundo o STF, desde 2016, o cumprimento das penas de prisão sob uma condenação em segunda instância, a garantia constitucional da condenação deve ser definitiva.
Por: DAVI ALBUQUERQUE

sábado, 31 de março de 2018

                                                            VERDADE COLORIDA

Sempre tive receio da verdade.  Não aceitava que tudo aquilo que eu sentia fazia parte de mim e faria parte da minha história para o resto da vida. Criei uma história repleta de desafios e aventuras que hoje me enobrece. Exigi de mim a força do disfarce, como aqueles super-heróis que usam capa para sua identidade real não ser revelada e correr perigo, só eu sabia onde encontrar a verdade. 

Por um lado, tinha minha mãe, com ela eu vivia um pouco a minha verdade. Na realidade, eu também disfarçava, mas era sutil e aceitável. Eu tinha a chance de crescer, crescia como ser social.  Balé, cozinha, passeio a praias e lojas de estética preenchiam minha agenda semanal. Fazia tudo com muito prazer, embora minha mãe visse esses costumes um tanto quanto estranhos. 

Às sextas-feiras, dias em que oportunamente tinha uma liberdade mais flexível, ia até a uma casa a três quadras de onde morava para lá dona botões, como chamava carinhosamente a senhora Iris, me ensinar a costurar. Os grandes vestidos que eram vendidos na principal loja da cidade, Fina Estampa, eram produzidos por dona Botões e com minha ajuda, sendo eu um simples aprendiz que me arriscava todas as sextas-feiras para colaborar um pouco com o sucesso das belas roupas que eram cobiçadas por muitas mulheres, principalmente pela honrosa dama do Governo.

Por outro lado, tinha meu pai. Um líder militar que possuía mais comprometimento com o trabalho do que com a família. Em sua vontade, eu deveria seguir a mesma ocupação. Como nunca pareci ser tão forte como ele esperava me ver todas as vezes em que voltava para casa, exaustivamente teria que fazer uma maratona de exercícios junto com ele. Era uma tortura.  Não via a hora de terminar os exercícios e tê-lo de volta ao seu oficio.  Eu não demonstrava desgosto com ele diante do que me propusera, pois, meu pai sofria de uma grave doença, hemofilia, um problema no sangue. 

Nesta última vinda de meu pai a nossa casa, onde normalmente vem de 15 em 15 dias, fizemos algo diferente, nós três: Eu, minha mãe e meu pai, fomos juntos ver uma peça de teatro e ao voltarmos para casa paramos em uma sorveteria e tomamos um delicioso sorvete, eu escolhi o mesmo sabor que o de meu pai, baunilha, já minha mãe optou pelo sabor de morango. Ficamos por 20 minutos tomando sorvete e conversando. Minha mãe comentava sobre as responsabilidades e que desejava fazer um jardim no quintal de casa, já meu pai falava sobre os seus deveres na corporação militar e insistia em dizer que gostaria de me ver em combate. Terminou dizendo que iria me inscrever em um esporte de lutas. Terminamos o papo e o sorvete, voltei para casa calado e reprimido. Percebi que quanto mais fingia, mais preso eu ficava a uma história sufocante.

No dia seguinte meu pai volta ao trabalho, ficando por mais 15 dias afastado da família. Bom, ele se foi, mas deixou um papel, era a matricula no curso de judô, um tipo de esporte de lutas marciais.  Na matricula constatava-se que o curso seria as sextas-feiras, o único dia que possuía para aprender a costurar com a dona Botões. Até iria me esforçar para ir, contanto que não fosse nesse dia.  

Fui uma vez á aula de judô, por sinal, havia um garoto conhecido, era o Arthur, meu amigo de escola e morava na mesma rua que eu. Vendo ele, fiquei mais tranquilo, porém não desejava estar ali. Nada tinha que ver comigo.

Pensei, pensei e tomei uma decisão. Direi ao meu pai que eu estou indo as aulas de lutas marciais sem estar indo, logo estarei na casa de dona Botões e seguirei ajudando a fazer novos modelos de roupas. Por coincidência, a casa de dona Botões fica perto a academia de luta, dessa forma, não perderei tanto tempo e posso demonstrar que sempre vou ao curso.

Nesta situação, estive cinco vezes aprimorando minha arte, modelar. As roupas que costurava já saiam praticamente perfeitas e prontas para estar no corpo de toda mulher de bom gosto.

Certo dia, dona botões ficou doente e me deu a missão de criar e fazer um modelo de roupa exclusivo para uma popular senhora de grande prestigio na cidade. Nossa! Dona botões me deu uma responsabilidade inigualável, não sei como me sairei, mas honrei a confiança de dona Botões, cuja oportunidade me dera expressando bons elogios.

Enquanto eu ia produzindo o look para esta importante cliente, eu ia também tentando convencer sobre minha presença nas aulas de luta. Dentro de um mês fiz um deslumbrante traje acompanhado de um elegante chapéu.  Não me coube elogios de dona Botões e da dona. Experimentei uma felicidade grandiosa. 

Passaram-se mais quinze dias e meu pai mais uma vez retornou. A casa foi tomada por um fluxo de fortes emoções. Minha mãe já farta de múltiplas tarefas discute com meu pai, o clima ficou tenso. Mas depois, a empolgação de meu pai se sobressaiu questionando-me sobre as aulas de lutas. Ele estava mais empolgado que eu.  Nesse caso, tentei ao máximo passar segurança de que tudo ia bem e claro, já estava dominando todas as técnicas de golpes. Só não contei com a iniciativa de sua parte em testar minha força e agilidade. Foi desesperador, porque não estava indo ao curso e consequentemente não sabia conduzir nenhum gesto corporal de ataque e contra-ataque. Para me sair da situação, menti alegando que devido aos pesados exercícios que vinha fazendo ultimamente estava sentindo dores no corpo. Foi uma justificativa certa. Acreditou e me deixou livre de demais testes. Ele veio para passar mais dias do que o comum, mas o árduo trabalho lhe solicitou urgentemente para um conflito armado.

Sua ausência durou quatro dias, voltou cansado e abatido. Eis que resolveu ficar conosco. Apesar de saber que a qualquer momento ele poderia descobrir minhas idas a casa de costura, mantive minha rotina.

Uma manhã de sexta-feira, meu amigo Arthur vai até minha casa e convida para jogar futebol. Eu não queria, tinha algo mais interessante para fazer. Recusei o convite e lhe disse que ia a um curso. Meus pais se aproximam e tentam me incentivar a ir, no entanto, não adiantou, afirmei e reafirmei que não iria. Meu pai aceitou minha decisão, relatando ao Arthur que desde quando ele me inscreveu no curso de judô que tal esporte se tornou meu preferido. Arthur sarcasticamente informa ao meu pai que fazia parte do mesmo curso no qual havia me matriculado, entretanto, só me viu uma vez participando das lutas e inteirou dizendo que eu não levava nenhum jeito para luta. Isso foi uma aflição. 

Por cinco segundos pairou um silencio, certamente seria o tempo suficiente para gerar várias perguntas na cabeça de meus pais. Logo depois, a voz de meu pai é ouvida exprimindo irritação.

Pai: Se você não estava no curso de lutas marciais onde o matriculei, onde você esteve todos esses dias uteis de aulas?

Novamente o ar de tensão dominava todo o nosso lar e dessa vez me coloca uma sentença. Eu tenho que escolher; seguir fugindo da verdade ou permitir a verdade aparecer naquele ambiente que muito me causa amargura e agonia. Resolvi agir e agirei á meu favor. Tremi, meu coração pulsou mais forte e quase me entro em um colapso nervoso. Mas ali eu poderia dar um novo caminho a minha história. Com determinação tratei de dar uma resposta ao meu pai, como ele sempre me ensinou, temos que ser firmes.

Marcelino: Estive na casa de dona Botões, a costureira que faz roupas para a cidade, ela me ensinou a costurar e quero continuar fazendo roupas.

Com essa resposta, meu pai arregalou os olhos. Fez uma expressão furiosa e tremendo a boca falou:

Pai: Você é bicha? Eu não tenho filho bicha!

Minha consciência precisava ficar em paz, já expus o serviço em que prefiro prestar as pessoas, ao invés de defendê-las com força e destreza masculina, solucionei todas as questões admitindo toda a verdade, consentindo a existência de gostos femininos sobre um corpo masculino.

Marcelino: Sim! Não sou a bicha que você fala, mas sou a pessoa que pretendo ser.  

A partir de todas essas descobertas e confusões emocionais um duelo de razões se inicia entre meus genitores.

Pai: Você educou muito mal esse filho que me deu. 

Mãe: Você era muito ausente! Nunca trabalhou dentro de casa para impedir que isso acontecesse.

Pai: Então você resolveu me substituir por carinho demais? Homem não tem que receber carinho, homem nasce para ser forte e não feitos de mimi. Quem se machuca são vocês mulheres.

Minha mãe não tinha culpa por eu ser o que meu pai queria. Procedi da maneira mais afável, ainda que não conseguisse segurar as emoções, procurei dirigir o foco de meu pai a mim.

Marcelino: Eu queria ser hétero, gostar de mulher, mas não consigo. Desde criança eu instigava em ter contato físico com outro corpo semelhante ao meu. Mas criei um comportamento sexual esperado por vocês. Depois comecei a perceber nos primeiros desejos que eu vivia algo diferente dentro de mim. E o que fazer se os desejos que sentimos entram em choque com a "sexualidade correta" que me foi ensinada? 

Pai: Isso é um absurdo! O que mereci para ser punido assim?

Observei que diante de toda euforia, minha mãe externava uma sensibilidade ao meu ser, pressenti um certo acolhimento, mesmo estando interiormente decepcionada. Ao contrário de meu pai, que rejeitou tudo o que disse, ainda me rejeitou em sua vida. Pediu-me para naquele mesmo exato momento me retirar de casa e deixar ele e minha, pois ali não haveria espaço para um erro.  Foi uma ordem e minha mãe demonstrando um pouco de comoção não se arriscou em desacatar a ordem exposta pelo marido e pai de seu único filho.  Fui embora do local onde cresci. 

Fui até dona botões, agora não poderia mais ajuda-la, mas iria pedi-la para abrigar-me em sua casa. Assim fui, era minha esperança e motivação de viver. Chegando bati na porta, bati umas três vezes ate que uma de suas vizinhas me informa que dona Botões precisou viajar, um de seus filhos se acidentou e provavelmente iria cuidar dele e ficaria longe das costuras durante o tempo de recuperação do filho.

Perdi o rumo. Me vi ainda mais triste que o normal e desacompanhado nas ruas. Fiquei esgotado de tanto andar e procurar um destino em que eu pudesse estar seguro e onde pudesse descansar.  No final do dia topei com um calçadão ocupado por aves e um garoto, aparentava idade igual a minha, uns dezessete a dezoito anos. Ele sim, foi um gosto melhor que costurar. Chamou-me para sentar ao seu lado e me ofereceu umas migalhas de pão. Notei que era só aquele alimento que possuia. Com vergonha, aceitei o pouco que tinha para comer. 

Naquele instante nasce um carinho verdadeiro. Conversamos, fomos nos conhecendo. Eu lhe disse que gostava muito de moldar estilos de roupas para mulheres. Ele parecia entender bem do que estava falando. Mas não gostava, apenas apreciava. Muito experto, experiente nas veredas da vida, conseguiu um papel, me deu um pouco de nojo, estava sujo e fedido, contudo, havia espaço suficiente para desenhar um modelo de roupa. Sim, essa foi a ideia dele. Me deu um lápis e comecei a desenhar. Ao terminar uma ilustrativa imagem: uma calça comprida, uma blusa curta e uma outra longa blusa por cima que se aproximava ao meio das pernas. Para completar, desenhei sugestivos acessórios, no qual deixaria a suposta compradora daquele modelo com status social incomparável a uma imperatriz.

Ao ver a figura de uma roupagem extremamente distinta, o garoto evidenciou em suas expressões faciais encanto. Não pude corresponder diferente, contraí a soma de satisfação. 

Aquele papel não ficou ali, Eduardo, como se chamava, o jovem que me fazia companhia, pegou a substancia constituída por elementos fibrosos de origem vegetal e levou a uma bela moça, no qual representando pouca idade, era uma delegada. Sem demora, o modelo tomou forma concreta nos melhores tecidos. Não fiquei somente em um único modelo, me vieram convites para construir novas roupagens. Ganhei notas que rapidinho me tirariam da rua. Fui muito grato a Eduardo, nos aproximamos cada vez mais, já existia entre nós um sentimento singular, acredito que se manifestou o amor entre seres das iguais condições sexuais.

Posso dizer que que estou brilhando. Comprei uma casa, me tornei estilista, assumi minha verdade, estou sendo requisitado fora do país. Foi um erro que deu certo.

Sendo reconhecido em todos os patamares do mundo, fui convocado a não só preparar vestuários, mas a desfilar. Isso foi o maior reconhecimento que alcancei. Com certeza, eu deveria comemorar. Fui com Eduardo ao calçadão, lugar que mudou os meus traços memoráveis, e neste local distribui solidariedade com os que permaneceram vivenciando os imprevisíveis fatos da existência humana. Uma parte da gratidão por minha parte foi feita. Sai daquele espaço físico ignorado por grande maioria das pessoas, grande em retidão.

Abri a porta de meu carro e ao sair, vejo uma senhora, apresentava estado de plena angustia. Era difícil de acreditar, mas a senhora que estava a minha frente era minha mãe. Desci do carro e a cumprimentei. Um olhar preocupante foi a maneira em que ela me cumprimentou. Pelo visto algo de muito ruim se passava a ela. Imediatamente confirmei que algum péssimo acontecimento a fazia chegar até a mim angustiantemente. Minha mãe me passava a triste noticia de que meu pai se encontrava quase morto em um hospital, a doença o detinha. Meu pai precisava urgentemente de uma transição de sangue e eu era o compatível com o mesmo sangue que ele.

Claro. Pedi para minha mãe entrar no carro e irmos o quanto antes salvar a vida do meu pai. Chegamos e pelo que o médico falou, o estado de saúde se agravou repentinamente. Aos prantos minha mãe tenta consolar-se em meu ombro, deixando-me apreensivo. Decidido, pedi que me levasse para vê-lo e que prontamente me fizesse o procedimento necessário para eu doar meu sangue para meu pai.

Decorrente ao modo delicado em que se encontrava meu pai, o processo de transfusão de sangue durou três horas. Uma hora depois os sinais vitais de meu pai melhoram, e chega o diagnostico que a vida do meu pai já não estava mais ameaçada. Sabendo que a situação se amenizava, voltei para casa, pois precisava repousar.

Um dia depois, volto ao hospital para saber como se mantinha a saúde de meu pai. Não pude prever que ele superou aquela circunstancia deprimente. No quarto em que vivia o tratamento, o alcancei acordado conversando com minha mãe. Foi um momento surpreendentemente emocionante.

Pai: Me perdoe filho. Volte para nossa casa. Eu o quero junto comigo e sua mãe. Eu, você e sua mãe. A minha família. Seja você mesmo o filho que deseja ser para mim.

Inesperadamente ouço as mais tocantes palavras da minha vida. Não contive as lagrimas, e me refiz dando um longo e afetuoso abraço aos meus pais.  Minha mãe, havia falado que eu doei sangue para vê-lo vivo e sabia que minha vida havia se transformado afortunadamente.

Eduardo se aproximou da porta do quarto e eu pedi para entrar. O apresentei a minha família como meu companheiro fiel. Confesso que ainda tive medo de ser rejeitado, mas não. Fui muito bem acolhido, e por ventura, meu pai exprimiu em boca e em corpo o orgulho de ter-me de volta acompanhado de um garoto com quase as mesmas vontades sexuais que eu.

Pai: Seja bem-vindo a família

Foram as receptivas palavras que meu amado Eduardo recebeu de meu querido ´pai.

Os sentimentos mais sinceros e harmoniosos preenchiam aquele lugar. A luta que eu precisava enfrentar era o simples fato de fazer o que desejava considerando a verdade que há dentro de mim. 
Por: DAVI ALBUQUERQUE
Ilustração de: CARLA CASTAGNO





sexta-feira, 30 de março de 2018

                                                                     O PACTO


Zila era uma mulher jovem, agradável, trabalhadora e doce, mas em certos momentos exibia seu sentimento de ambição. Quando ela não estava ajudando com o trabalho doméstico, geralmente ia ao seu quarto para acessar a internet e a maioria dos conteúdos vistos eram de fama e riqueza. Ela sonhava com sua vida valorizada em todo o mundo. -Um dia eu vou ser uma pessoa muito importante, diz Zila.

A jovem era muito bem vista e respeitada por todos em sua pequena cidade onde morava. Seus pais tinham orgulho dela, porque acreditavam em suas atitudes agradáveis. O que eles não supuseram eram os pensamentos que, por razões que não eram muito claras, ajustava-se em ideias negativos.

Marila, sua mãe saiu para comprar comida e a deixou sozinha em casa. Por certo momento no quarto da destemida jovem surgiu uma mulher muito bonita e glamourosa. De fato, Zila não entendeu como aquela mulher chegou em seu quarto já que a porta estava fechada. Então as ações não demoraram muito para acontecer. A mulher lhe diz que ela pode ter tudo, tudo o que ela desejar. Fez um desenho estranho na parede, onde três números podiam ser vistos: um com a cabeça pontiaguda, um em pé e o terceiro por baixo de ambos. A mulher diz que a primeira coisa que lhe daria seria um amor. De repente, Zila ficou muito feliz, pois gostaria de ter um namorado para junto desfrutar de suas cobiçadas intenções de uma vida intensamente proveitosa. O que ela menos imaginava era que seu suposto namorado já tinha uma dona e que teria que tirá-lo dela.

E assim Zila aceitou. Esse seria o começo de seus desejos feitos e bem aproveitados. Assim sendo,  a misteriosa mulher colocou em seus lábios um veneno que enfeitiçaria o homem a dar todo seu amor a Zila.

Usando de um pretexto infalível, Zila vai ate um pequeno açougue onde o rapaz trabalha, chegando lá, o rapaz estava só e prestes a fechar as portas do trabalho, já se chegava ao fim do seu expediente. Mas Zila o convenceu manter aberto enquanto comprava, cuja tática a favorecia escolher de maneira detalhada algumas carnes suínas e bovinas ao ponto de deixar o sujeito muito angustiado.

Propositalmente focada em seu alvo, ela deixa cair um dos pedaços de carne em que estava escolhendo, o rapaz com agilidade e cavalheirismo logo recolheu o produto e já de pé Zila o agradece e lhe beija, ele instantaneamente sente-se atraído e decide por fim fechar as portas do local e propõe um momento de prazer. De fato, era o que a ambiciosa moça desejava. Depois disso, outros dois encontros aconteceram, o último surpreendendo a namorada do rapaz e causando o fim de uma história de amor para o começo de outra. Tudo se cumpriu!

Depois de alguns dias, seu pai chega em sua casa e diz que a empresa onde trabalha foi processada e teria que demitir alguns funcionários, incluindo seu pai. Neste momento, toda a sua família estava muito desesperada porque lhes faltaria dinheiro para sobreviver. Com isso, Zila apelou ajuda á mulher que lhe prometera ajuda. A mulher reapareceu e mordeu um pedaço do dedo da jovem que por sinal seria o sangue a caneta que assinaria o acordo de riqueza. 

Meia-noite Zila vive uma surpreendente mudança física onde seus membros inferiores se tornam pernas de cavalo. Ela ficou bastante assustada e triste ao ver as belas pernas cheias de pelos e horríveis. No entanto, ela foi comunicada que ela iria continuar com as pernas de animais, pois poderia servir de apoio,  por vezes, quando estivesse em perigo. Assim, entendeu-se que tudo seria feito para o seu bem e cada ação que acontecesse aumentaria as grandes fortunas materiais que ela estava procurando.

As fortunas a levaram ao auge do poder e da glória. Dentro de três semanas ela se tornou uma mulher muito famosa, rica e amada. Seu status atraiu a atenção de muitas pessoas também ambiciosas. Rapidamente, um diretor de cinema a convidou para fazer um filme chamado pacto negro. Seu sucesso foi imenso tornando-a uma das atrizes mais bem pagas e respeitadas do mundo e passou a ocupar seu tesouro nos cinco cantos do planeta. Por motivo de todos os seus desejos realizados a mística mulher passou a ter uma maior presença na vida da mais nova mulher poderosa, Zila. 

Muito contente ao voltar de um evento dirigindo seu carro com o namorado, o menos esperado acontece na hora e lugar errado. Como diziam as misteriosas palavras da mulher na época do pacto, as pernas de Zila foram transformadas em longas e grossas pernas e cabelos estranhos, o que permitiu movimentos fortes e brutais. Seu namorado se apavorou com a cena que ele estava olhando. Zila perde o controle da direção do carro e vive um grave acidente que infelizmente mata o amor que havia conquistado. Ela então resolve usar as pernas adicionadas ao corpo e corre em direção à casa.

Em casa, ela ficou por longas horas trancada em uma suíte luxuosa, triste e pensativa. Inesperadamente na frente de Zila aparece a mulher que a ajudou muito. -Aconteceu uma desgraça. Falou Zila para a mulher e foi respondida com um olhar falso e um sorriso zombeteiro. A mistica a consola dizendo que as pessoas vivem apenas uma vez e é por isso que a experiência de riquezas, prazeres, alegrias e liberdade são presentes de sorte. A explicação acrescentou mais sensações de poder e destaque.

De volta às aspirações e mais desejos de conquistas, Zila aproveita os melhores centros de festas e libertinagem. Nesta nova fase, Zila vive uma sucessão de ansiedades. Ela se move em passos rápidos e violentos, causando ferimentos no corpo e em outras pessoas. O estranho comportamento fez com que ela se sentisse poderosa e feliz. De fato, aos poucos as emoções da superação foram se mostrando.

Ainda tentando superar a ausência de seu parceiro, ao lado de seus pais a jovem que já era uma adulta bem sucedida, resolveu voltar á casa onde morava. Ela precisava ir às suas raízes para se sentir vitoriosa diante da humildade dos outros que permaneceram no mesmo lugar.

Ao chegar as pessoas do povoado a olharam com admiração. -Zila, como linda e elegante você está. Falou uma mulher que a reconheceu, em seguida um homem falou com ela - como você está linda, Zila. É um prazer vê-la novamente desde que se foi daqui. Eu vejo que você se tornou uma mulher diferente e muito bonita. Declarou o conhecido morador da pequena cidade onde Zila saiu para triunfar comprometida com o poder, alegria e prazer. Aos comentários, sobretudo do homem, respondeu exprimindo suas conquistas. -Eu sou rica! Meus esforços me deram a vida que eu sonhei. Eu sou ricaaaa! Você está aqui pobre e infeliz. Seus tolos! Todos os que as reconheceram ficaram surpresos com a atitude de Zila, pois a conheciam como uma menina muito simpática e doce. Foi assim que seus pais se sentiram também desagradavelmente surpresos com a mudança no comportamento de sua filha.

Já maravilhada com a sensação de ser importante perante as pessoas que faziam parte de sua vida pobre, ela retorna para uma das ilustres cidades que mora. Em casa, seus pais decidem comentar a situação de raiva e orgulho que Zila fez. -Querida vimos a sua maneira de tratar nossos conhecidos que tanto faziam parte de nossa vida diária. Ramón, um menino tão bonito e sincero que lhe disse belas palavras, você o maltratou. O dinheiro mudou você? Diz Marila. - Não me reclamem! Ofereço uma vida de luxo, de descanso e vocês me questionam? Eu estou certa. Esqueceram da vida de dificuldades e miséria que vivíamos? Hoje somos ricos, nós temos tudo que precisamos e mais contestou Zila que logo depois foi respondida por seu pai. - Sim, minha filha. Agradecemos pela vida que você nos oferece, mas não imaginamos que você se tornaria uma mulher diferente do que você era: gentil, educada, generosa e honrada com a origem de onde veio, de onde viemos. Mantem-se um hora conflitosa que vem a ser interrompida com o toque do telefone.Na chamada, um convite para Zila celebrar o prêmio que receberia pelo último filme de sucesso produzido. Ela rapidamente muda de roupa e leva seus pais juntos. 

Os três ficaram encantados com o local da comemoração. Estavam em um iate em uma ilha do Mar do Caribe, uma pequena parte do Caribe onde ninguém tinha ido ainda e pouco conhecida. Todos ficaram muito fascinados com a festa, com as pessoas que compartilharam o mesmo momento com muita alegria, glamour e com as cores da natureza do lugar. Na ocasião uma mulher levanta uma taça e anuncia o momento da homenagem. Zila se move para receber o premio, o iate explode causando mais uma desgraça em sua vida. Com o impacto da explosão, Zila pulou para fora do transporte aquático e viu todos morrendo, inclusive Marila e Manuel, seus pais. Por um momento, ela olhou para um homem saindo de perto da explosão e mergulhando. - Socorro! Socorro! foram as palavras que Zila gritou por ajuda para a pessoa que olhou. Mas não era mais possível vê-la, ele desapareceu nas águas do mar.

Ela nadou até uma ilha próxima e passou uma hora e meia até que avistou um barco com dois pescadores que lhe ajudaram a sair da ilha e ir  para a cidade. Pela tragedia registrada, a polícia e uma equipe de investigadores foram comunicados e descobriram que o fato realmente aconteceu, porém havia apenas dois mortos, seus pais. Zila ficou muito assustada em razão de ter mais pessoas no barco. -Não! Havia cerca de 50 pessoas no mínimo. Afirmou Zila á justiça. Depois de três dias, Zila vive momentos de tribulação. Ainda não entendendo o que realmente aconteceu com o corpo das pessoas que compartilharam a celebração com ela, fica a pensar por longos períodos confundida com tudo.

Nesse período de solidão e perda de seus queridos parentes, a jovem que cresceu e alcançou sucesso e poder tem seus pensamentos dominados por eventos trágicos. Em sua memória vive a morte que presenciou: a morte de seu namorado, os danos que ela causou em algumas pessoas em uma boate, a morte de sua mãe e de seu pai, e então passou a ser seguida por seres espirituais. Com isso, desesperada durante uma noite, Zila saiu pelas ruas e um carro a provocou um acidente, onde tristemente a deixa deficiente causando a falta de pernas e braços. Seu final terminou em um hospital louca sem perna e sem braço.

 Por: DAVI ALBUQUERQUE