quinta-feira, 19 de junho de 2025

                                                   DAVI, O SUJEITO DA ORAÇÃO 



Aquele que contava histórias de famosos e anônimos, hoje escreve sua própria biografia. Talvez as décadas atrás não lhe fossem tão legais socialmente e juridicamente, pois hoje é gay assumido e defensor das minorias. Mas, Davi é um jovem amante da boa música, conservador das boas maneiras e viciado nas novelas, cujos enredos, traziam amor à moda antiga e crítica ao sistema. É um sujeito que conversa com o antigo e o novo, tendo como a sensatez seu apoio nas trocas de ideias.

Nordestino desde 1996, admira a simplicidade, hospitalidade, o delicioso baião de dois, o cuscuz e o suco de caju, fruta típica da região. Porém, sonha com o Sul, porque detesta dividir todas essas riquezas com o calor e a vista seca e abandonada pelo descaso que as paisagens sofrem. O sujeito Davi tem como predicado viver e como complemento a vida. Amante fiel das letras que formam palavras. Por isso, não ouse cometer algum crime contra a língua portuguesa perto desse sujeito, já que é responsável por ensinar as primeiras letras aos seus pequenos.

É na sala de aula que o sujeito baixinho e de certas restrições se faz um grande viajante. Usa e cria metodologias que alcancem todos os seus alunos, para que embarquem no mundo do saber sem que haja muitas dificuldades. Sua trajetória revela sua evolução e compromisso com a inclusão e preservação cultural. Sua religião é cristão católico, mas seu versículo preferido é ¨Nada detêm o conhecimento. ¨

Davi quis agir como um lobo seguindo seus instintos, mas preferiu agir como um animal domesticado, pois gosta do seu cantinho pessoal, do carinho do seu tutor e do aprendizado que adquire convivendo com seus próximos.

A nostalgia é sua característica mais pontual. Através do passado, ele constrói seu futuro, buscando realizar os desejos do menino que se fez homem ao conhecer o mundo pela primeira vez aos 18 anos na cidade do alenquiana, Fortaleza. Percebeu que o mal era maioria.

Ao som de Legião Urbana. Maria Gadú, Rita Lee e tantas vozes da MPB, banha-se ouvindo a mudança do tempo por meio do que canta Tempos Modernos. Há que distancia o século 20 está do século 21? Parece que já estamos no fim do mundo. Muita solidão e artificialidade tomando espaço na humanidade. Esse sujeito Davi não quer voltar ao passado, só gostaria que houvesse uma raça humana, na qual,  todos se abraçassem sem medo. 

Davi de Albuquerque Sales é um rapaz formado, politizado e cidadão latino-americano. Fala e pensa o que a massa não quer. Pode ser controverso, mas não mentiroso. Fala em português e espanhol para o continente todo ouvir: Eu sou capaz de grandes coisas e tudo o que é preciso fazer é dar um salto de fé. Educação é o meu caminho. 

Por: Davi Albuquerque

Instagram: davialbuquerque94


sábado, 3 de agosto de 2024

MEMÓRIAS QUE VIERAM À TONA

 


Lendo o livro Madrugada de Gentilezas, da escritora Nice Arruda, inspirei-me em escrever um pouco sobre a relação com a minha cidade interiorana, Pentecoste.

Eu nasci em Fortaleza, em 1996. Na capital, fiquei quase dois meses na incubadora por necessitar de maiores cuidados. Logo depois, meus pais José Sales e Maria da Penha, levaram-me para Pentecoste.

Conta minha mãe que fui recebido com surpresa e receio. Meus familiares nunca haviam visto até então um bebê tão pequeno e com menos de 1.200kg.  Meu pai sempre se questionava: -Será que ele se cria?

E como cria do interior, fui regado de deliciosas comidas com temperos naturais da roça, quintal para brincar, e quando não, a rua que unia toda criançada da época. Uma felicidade que para criança não tem tamanho.

Era pé na lama, espaço livre, corre para todo lado e parece que os ponteiros do relógio marrom da cozinha da minhamãe não giravam. Todo tempo era hora de brincar. O único medo era a mãe chamar para casa e o filho não atender.

Minha mãe que ainda nem sonhava em ter uma máquina de lavar roupas, eu e meu irmão brincávamos com os amigos numa árvore que nos permitia pular no açude enquanto o banzeiro ia e voltava. Brinquedo algum substituía aquela árvore e o açude que nos banhavam. 

E falando em açude, em temporadas festivas de carnaval e final de ano, o açude tornava-se atração principal da cidade. Parentes vinham de Fortaleza para desfrutar a doçura das águas do Pereira de Miranda e dançar as mais cobiçadas bandas de forró da região. Pentecoste enchia-se de som, turistas e todos se aconchegavam na famosa praça do CSU.  Muitas fotos foram registradas e apreciadas sendo a praça recanto para novidades.

Numa época como essa (Eleições Políticas), os carros de som propagavam a candidatura dos políticos e as casas decoravam-se com as fotos dos respectivos candidatos. O melhor desse momento eram os santinhos que os carros de som passavam jogando e a criançada fazia daquelas caras mentirosas, coleção e disputavam em jogos de bila. Apesar das ilusões e sujeira, as eleições proporcionavam alegria a criançada e agitava a distinta cidade do Peixe, como assim é conhecida Pentecoste.

Pentecoste foi por muitos anos sinônimo de liberdade e sossego, ponto perfeito de encontros e reencontros e um peixe frito à beira d’água, gente sofrida e batalhadora de sorriso fácil. Os moradores escondem o descaso do poder público, mas revelam que em cada bairro da cidade existe um motivo para sonhar. E se eu não citar minha querida 15 de novembro, estarei sendo um traíra como os políticos que dessa terra exploram sua riqueza. Pentecoste me fez crescer brincando e parece até hoje fazer cada cidadão viver uma brincadeira em meio as adversidades.

Por: Davi Albuquerque 


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

PODEDUC: UM DIÁLOGO LIVRE E ABERTO SOBRE EDUCAÇÃO.

 


Agora temos voz! Por muito tempo a escrita fez parte da expressiva comunicação de Davi Albuquerque, mas agora o jovem dá voz e tom às suas ideias, opiniões e interação por meio do Podcast PodEduc, um programa de rádio direcionado ao mundo da educação. Porém, diferente do clássico rádio que possui programas com hora marcada e limitado à temas sociopolíticos, o Podcast possui um formato dinâmico e com a possibilidade de ser ouvido a qualquer momento.   

A ideia de criar um podcast voltado ao mundo da educação surgiu a partir de sua inquietação e a vontade continua de debater assuntos pertinentes ao ensino, aprendizagem e aos modelos de educação presentes nas escolas e famílias do nosso pais. 

Isso mostra o desejo incessante de Davi Albuquerque por comunicar-se, conquistando assim espaço novas plataformas, e segue sendo CURTO E DIRETO

Ouça o PodEduc, um espaço livre e aberto ao diálogo sobre educação. Você encontrará dicas pedagógicas, opinião e entrevistas. Compartilhe essa noticia com quem aprecia educação, se importa e acredita que falar sobre educação seja necessário. Pode falar! 

Por: Davi Albuquerque

@davialbuquerque94

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

O QUE 8 MESES DE DOCÊNCIA ME ENSINOU?

 


Durante 8 meses vivenciei uma das práticas profissionais mais nobre no mercado de trabalho: Ensinar, educar e cuidar. Muito mais do que produzir e manusear máquinas, há neste mercado um objetivo mais imaterial, formar pessoas. A produção é mais minuciosa e delicada. Não há espaço para exigências frias e vazias. Tampouco, força para construir, pois construímos com a mente e o coração.

Enquanto professor/educador, percebi que as crianças estão solitárias. O ambiente escolar tornou-se campo de concentração para refugia-las e externar emoções triviais. Cada vez mais negligenciadas pelos responsáveis e mercantilizadas pelo sistema, as nossas crianças vivem em constante aceleração pela busca do que as proporcionem significado existencial. O descaso e a ignorância dos adultos as fazem agir com descaso consigo mesmas.

Carentes de afeto, respeito, atenção, princípios e valores que as formem para uma vida justa e humana. Embora não seja essa a função do professor, mas se queremos um lugar saudável, precisamos antes de tudo, trabalhar aspectos que contribuam para o processo de aprendizagem com menos prejuízos.

Por estas razões que aprendi:

Ouvir para ser ouvido

Respeitar para ser respeitado

Oferecer o seu melhor para receber o melhor

Ser sensível ao outro para que seja sensível a você

Comunique-se com clareza para obter retornos claros

Ser sempre educado para colher educação

Para a execução desse posicionamento faz-se preciso compreender a identidade de cada criança, sua cultura, suas relações sociais e étnico-raciais. Compreender a influência desses conceitos na docência fortalece o elo entre educação e democracia. 

São as nossas necessidades orgânicas, afetivas e racionais que nos levam ao trabalho. E para que haja sentido no que fazemos é preciso haver uma motivação que atenda aos critérios subjetivos e sociais. Não é fácil ser professor em uma sociedade mal-educada emocionalmente e intelectualmente. Somos submetidos a uma responsabilidade que transpassa todos os setores: preparar e capacitar pessoas para que deem continuidade ao que já existe.

Precisamos nos cuidar! Evitar tudo aquilo que destrói o senso de humanidade: gritos, xingamentos e violência em quaisquer formas e modalidades. Tornar cultural o hábito de oferecer o lado bom para também receber o lado bom. Eu aprendi em 8 meses de docência que necessitamos ser cada vez mais sensíveis se quisermos de fato uma educação baseada em direitos e deveres capazes de serem cumpridos. 

Davi Albuquerque


domingo, 29 de outubro de 2023

MINHA PROFISSÃO DE PROFESSOR

 

                                                      arquivo pessoal


Ainda quando criança minha brincadeira preferida era Escolinha. Através dessa brincadeira eu realizava o meu desejo de ser professor. E de tanto optar quase sempre por essa brincadeira, já era quase certo que eu seria professor.

Por haver alguns parentes na profissão, meus pais tinham muito estima pela profissão de professor e perceber que meu apreço pela mesma profissão exercida por tias, primos e conhecidos íntimos... seria motivo de satisfação.  

Levei comigo esse proposito até meus 15 anos. Sustentei a ideia de ser professor com muito gosto e força de vontade, porque ser professor exige-nos bastante força de vontade.  E por gostar de Espanhol, já tinha definido minha graduação: Letras. Ensinar espanhol tornou-se meu sonho.

Contudo, como todo adolescente inseguro e de fácil influência pela opinião dos amigos, resolvi mudar completamente meu anseio profissional. Passei por um longo período de ansiedade e idealização pela profissão de jornalista. Eu almejava tudo aquilo que a profissão de professor não tem: prestígio, valorização e status.

No entanto, eu nasci com destino traçado. Aos 25 anos, ingressei na graduação em Pedagogia, a base de todas as demais licenciaturas. Durante a formação, eu me vi pertencente á educação e como uma hipnose, revivo na realidade a mesma sensação de quando ser professor não passava de uma brincadeira de criança.

Embora parecesse uma brincadeira inocente (escolinha), eu realizava todas as atividades com intencionalidade pedagógica. Isso acontecia porque eu me inspirava em meus professores e reproduzia com objetivo e empenho aqueles conteúdos que levava aos amigos. Eu sempre tive essa vontade de quando aprendia algo novo querer passar para alguém, e essa foi uma característica marcante que me fez enxergar-me como professor.

Desafiadora e árdua é a profissão de professor, mas não me vejo fora dessa dimensão. Quero todos os dias tornar o sonho da minha criança uma realidade alegre e contagiante.

Davi Albuquerque 

sábado, 14 de outubro de 2023

DIA DO PROFESSOR, A PROFISSÃO DAS PROFISSÕES

                                                               15 DE OUTUBRO


Para todo aquele que deseja aprender um ofício, faz-se necessário o auxílio de alguém que o ensine e o motive. Damos a esse alguém o título de professor, o responsável por gerar outras profissões. Informalmente ou formalmente, o professor pare o médico, o engenheiro, o pintor, o eletricista, o motorista, o advogado e o próprio professor.

Como toda mãe que sofre o desdém de alguns filhos, a profissão de professor é pouco reconhecida, tem seu zelo durante a gestação, mas o menosprezo após dar vida a outras profissões. Infelizmente, mesmo sendo essa figura valiosa na sociedade, o professor não recebe a merecida atenção, deixando-o assim, um mero reprodutor do saber.

É triste e lamentável essa comparação, mas é um fato. Sabemos que há muito tempo esse profissional sofre com o desprezo e a ingratidão, sim a ingratidão. Se os demais profissionais fossem de fato gratos, não aceitariam que seus mestres recebessem o mínimo: prestígio, bons salários e maiores incentivos. Não permitiriam que seu status superasse o de um professor.

Professor passa fome, professor não faz nada... frases como essas destrói toda auto estima dessa nobre profissão. E é por opiniões como essas que muitas pessoas adiam ou desistem do sonho de ser professor. 

Segundo o Semesp, o Brasil terá uma falta de 235 mil professores até 2040. É um dado alarmante que evidencia o quanto esta profissão padece de políticas públicas que viabilize melhorias nos serviços de educação para estudantes e professores, sendo esses últimos, os mais carentes de valorização por realizarem um árduo trabalho no ambiente de trabalho e ainda em casa.

Precisamos levar aos centros de debate, com maior força e educação, o desejo de ressignificar a profissão de professor. Agir com a mesma autoridade que o advogado e desenhar um novo cenário para a educação como o arquiteto.

15 de outubro, Dia do Professor, necessita ser urgentemente uma data de luta e de glória, precisamos conquistar a fama de um protagonista empoderado e sucedido. Perder algumas idealizações pode ser o recomeço de uma nova história para estes profissionais. Encarar os desafios com a certeza de que há situações que nos valem lutar e outras... essas outras deixemos para quem cabe a responsabilidade: os pais e os Estado.

Davi Albuquerque, pedagogo em formação. 

quarta-feira, 16 de março de 2022

       RADIALISTA NOGUEIRA FILHO DEIXA A 98,7 FM


Nessa última Quarta-feira, o radialista Nogueira Filho, anunciou sua saída da rádio 98,7 FM.

Há mais de 14 anos, Nogueira Filho estava á frente da rádio comunitária, apresentava seu famoso programa Momento Naftalina, que era líder de audiência nas manhãs de Pentecoste. Além de radialista, Nogueira Filho era responsável pela direção da casa.

" Dei a minha vida, meu sangue, meu profissionalismo",  disse o radialista ao se despedir dos ouvintes.

O motivo de sua saída, ainda pouco esclarecido, está ligado a uma injustiça.

Nogueira Filho seguirá com sua programação pessoal através da Web rádio e nas redes sociais.       Por: Davi Albuquerque