sábado, 3 de agosto de 2024

MEMÓRIAS QUE VIERAM À TONA

 


Lendo o livro Madrugada de Gentilezas, da escritora Nice Arruda, inspirei-me em escrever um pouco sobre a relação com a minha cidade interiorana, Pentecoste.

Eu nasci em Fortaleza, em 1996. Na capital, fiquei quase dois meses na incubadora por necessitar de maiores cuidados. Logo depois, meus pais José Sales e Maria da Penha, levaram-me para Pentecoste.

Conta minha mãe que fui recebido com surpresa e receio. Meus familiares nunca haviam visto até então um bebê tão pequeno e com menos de 1.200kg.  Meu pai sempre se questionava: -Será que ele se cria?

E como cria do interior, fui regado de deliciosas comidas com temperos naturais da roça, quintal para brincar, e quando não, a rua que unia toda criançada da época. Uma felicidade que para criança não tem tamanho.

Era pé na lama, espaço livre, corre para todo lado e parece que os ponteiros do relógio marrom da cozinha da minhamãe não giravam. Todo tempo era hora de brincar. O único medo era a mãe chamar para casa e o filho não atender.

Minha mãe que ainda nem sonhava em ter uma máquina de lavar roupas, eu e meu irmão brincávamos com os amigos numa árvore que nos permitia pular no açude enquanto o banzeiro ia e voltava. Brinquedo algum substituía aquela árvore e o açude que nos banhavam. 

E falando em açude, em temporadas festivas de carnaval e final de ano, o açude tornava-se atração principal da cidade. Parentes vinham de Fortaleza para desfrutar a doçura das águas do Pereira de Miranda e dançar as mais cobiçadas bandas de forró da região. Pentecoste enchia-se de som, turistas e todos se aconchegavam na famosa praça do CSU.  Muitas fotos foram registradas e apreciadas sendo a praça recanto para novidades.

Numa época como essa (Eleições Políticas), os carros de som propagavam a candidatura dos políticos e as casas decoravam-se com as fotos dos respectivos candidatos. O melhor desse momento eram os santinhos que os carros de som passavam jogando e a criançada fazia daquelas caras mentirosas, coleção e disputavam em jogos de bila. Apesar das ilusões e sujeira, as eleições proporcionavam alegria a criançada e agitava a distinta cidade do Peixe, como assim é conhecida Pentecoste.

Pentecoste foi por muitos anos sinônimo de liberdade e sossego, ponto perfeito de encontros e reencontros e um peixe frito à beira d’água, gente sofrida e batalhadora de sorriso fácil. Os moradores escondem o descaso do poder público, mas revelam que em cada bairro da cidade existe um motivo para sonhar. E se eu não citar minha querida 15 de novembro, estarei sendo um traíra como os políticos que dessa terra exploram sua riqueza. Pentecoste me fez crescer brincando e parece até hoje fazer cada cidadão viver uma brincadeira em meio as adversidades.

Por: Davi Albuquerque 


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

PODEDUC: UM DIÁLOGO LIVRE E ABERTO SOBRE EDUCAÇÃO.

 


Agora temos voz! Por muito tempo a escrita fez parte da expressiva comunicação de Davi Albuquerque, mas agora o jovem dá voz e tom às suas ideias, opiniões e interação por meio do Podcast PodEduc, um programa de rádio direcionado ao mundo da educação. Porém, diferente do clássico rádio que possui programas com hora marcada e limitado à temas sociopolíticos, o Podcast possui um formato dinâmico e com a possibilidade de ser ouvido a qualquer momento.   

A ideia de criar um podcast voltado ao mundo da educação surgiu a partir de sua inquietação e a vontade continua de debater assuntos pertinentes ao ensino, aprendizagem e aos modelos de educação presentes nas escolas e famílias do nosso pais. 

Isso mostra o desejo incessante de Davi Albuquerque por comunicar-se, conquistando assim espaço novas plataformas, e segue sendo CURTO E DIRETO

Ouça o PodEduc, um espaço livre e aberto ao diálogo sobre educação. Você encontrará dicas pedagógicas, opinião e entrevistas. Compartilhe essa noticia com quem aprecia educação, se importa e acredita que falar sobre educação seja necessário. Pode falar! 

Por: Davi Albuquerque

@davialbuquerque94